INFORMES DOS PROFESSORES À COMUNIDADE ESEBA/UFU SOBRE A PARALISAÇÃO DAS AULAS
Em reunião iniciada às 7h, com término às 18h08min, no dia 09/05, o grupo de professores da Eseba/UFU encaminhou, por meio do FORUM DELIBERATIVO, a CONTINUIDADE DA PARALISAÇÃO DAS AULAS no dia 10/05 (terça-feira) pelos seguintes motivos:
1 – Apesar da reitoria da UFU ter se comprometido com a inclusão dos dados dos professores contratados sem recebimento na Pró-Reitoria de Planejamento, o pagamento destes ainda continua pendente;
2 – Mesmo depois da participação de dois representantes da Eseba na Reunião do Setor da IFES do ANDES – Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições do Ensino Superior, realizada nos dias 06 e 07 de maio em Brasília, o FORÚM DELIBERATIVO de hoje não conseguiu esgotar muitos/outros questionamentos, preocupações e anseios.
3 – As discussões sobre a Portaria Normativa, a qual o MEC condiciona a contratação dos professores, não foram concluídas nem por parte dos professores da Eseba, nem por parte da Comissão que representa os Colégios de Aplicação na relação com o MEC. Algo preocupante, pois continuamos inseguros com a possibilidade de precarização dos Colégios de Aplicação (CAPs) que hoje se materializa com a falta de professores em sala de aula e o não pagamento dos recém contratados, o que futuramente, pode significar:
3.1 - perda da autonomia das Instituições de Ensino Superior em regulamentar seus CAPs;
3.2 - salas de aulas superlotadas, pois o MEC apresenta como proposta, a relação de 20 alunos por professor, o que significa, no caso da Eseba, sustentarmos uma sala de aula com aproximadamente 50 alunos; ou
3.3 - professores ministrando o dobro de aulas, com planejamentos comprometidos em qualidade, resultando em aulas mal planejadas ou improvisadas (o que não podemos aceitar, pois defendemos uma educação de qualidade);
3.4 – a partir do momento em que os professores assumem uma carga horária elevada, as atividades de pesquisa e extensão na escola ficam impossibilitadas. Dentre elas, podemos citar: o PICD, o desenvolvimento de pesquisas científicas, a aplicação de novas metodologias de ensino, o investimento na formação continuada dos profissionais, o Projeto de Xadrez, a Rádio Eseba, o Treinamento Esportivo, Arte em Cena e o Projeto Integrar. Além disso, também ficam comprometidas ou impossibilitadas as atividades plantão, retorno, atendimento aos pais, reuniões coletivas e outros.
4 – Caso retornemos às aulas, a movimento de reivindicação pode perder força política e amanhã temos uma reunião em Brasília que pode representar avanços no que diz relação à contratação rápida dos professores, independentemente da edição da Portaria Normativa que pode demorar 60 dias.
AVANÇO DAS DISCUSSÕES E CONQUISTAS:
1 – APÓS A REUNIÃO NO ANDES:
1.1 – Conseguimos reunir e organizar os documentos que regulamentam os CAPs, fato que facilitará estudo dos grupos de trabalho e norteará nossos encaminhamentos;
1.2 – Garantia de uma reunião do setor da Andes denunciando o projeto do MEC em relação à precarização dos CAPs;
1.3 – A Eseba/UFU, juntamente com outros CAPs, conquistou maior apoio das associações sindicais em nível nacional e houve maior articulação entre os CAPs;
1.4 – Segundo a presidente da Andes, em reunião com MEC, o secretário colocou prazo máximo de 10 dias para resolver o problema dos contratos, independentemente da Portaria Normativa;
2 – POR PARTE DO GRUPO DE PROFESSORES
2.1 – Construímos uma pauta de reivindicações que será levada pela diretora da Eseba para reunião em Brasília amanhã (dia 10/05);
2.2 – Foram apresentados os princípios e apontamentos construídos coletivamente pelos CAPs (ação democrática) que poderão nortear a construção da Portaria Normativa que os regulamentará;
2.3 – A ADUFU nos acompanhará na reunião com Reitor que tentará esclarecer o posicionamento da UFU frente a este movimento;
2.4 – Como ato de reivindicação intitulado “Doando Sangue pela Educação”, os professores da Eseba doarão sangue para o Hospital de Clínicas da UFU;
2.5 – Construiremos dentro outros, boletins, informativos e notas de esclarecimento à mídia com o objetivo esclarecer a situação da Eseba a toda comunidade de Uberlândia e região.
Amanhã, os professores continuarão reunidos a fim de criar estratégias de ampliação do movimento político contando com o envolvimento do restante da comunidade escolar e demais setores da UFU.
Atenciosamente,
Professores da Escola de Educação Básica da Universidade Federal da Uberlândia.
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